Esquisito: El País muda correspondente em Portugal

O diário espanhol El País substituiu a correspondente em Portugal, a free-lance Margarida Pinto, por Miguel Mora, jornalista do quadro. A nova prioridade do jornal é que "a imagem de Portugal em Espanha deixe de ser inexistente ou catastrófica, que não tenha de ser apenas a má notícia", disse Miguel Mora ao PÚBLICO. "Nem tudo são incêndios e pederastia", disse. Aos 41 anos, este profissional, que trabalhava há nove anos na secção de cultura, vai "mostrar mais aspectos positivos de Portugal, de âmbito cultural ou político". O novo correspondente considera que a falta de atenção é uma dívida histórica de Espanha para com Portugal. "Estamos mais habituados a olhar em direcção a França." Margarida Pinto, 31 anos, iniciou funções no começo de 2003 e vários dos seus artigos foram amplamente citados em Portugal por relatarem o estado de crise que o país tem vivido (Publico)

Directora de marketing das Amoreiras afastada por racismo

A directora de marketing do Centro Comercial Amoreiras foi demitida das funções que exercia devido a declarações consideradas "infelizes" pela administração da Mundicenter e citadas no PÚBLICO do dia 25 de Setembro. No âmbito das comemorações dos 20 anos do Centro Comercial das Amoreiras, a directora de marketing, para demonstrar a "melhoria" da clientela nos últimos anos, afirmou ao PÚBLICO: "Nós tínhamos pessoas de cor. E deixámos de ter", referiu Maria Galvão Sousa, concluindo que a "quebra de três por cento" dos clientes decorrente da abertura do Centro Comercial Colombo, neste sentido, até foi "bem-vinda".Num anúncio pago no PÚBLICO do último domingo, a Mundicenter, empresa que explora as Amoreiras, "lamenta e repudia" as "declarações infelizes" da sua colaboradora. Admitindo que essas afirmações foram "involuntárias", a Mundicenter assume-se como uma empresa "sem quaisquer preconceitos, designadamente de carácter social, racial ou religioso". A Mundicenter termina o comunicado pedindo desculpa "às pessoas e entidades eventualmente atingidas" e anunciando "medidas internas para que casos destes não se voltem a repetir".Contactado telefonicamente, o administrador da empresa, Fernando Oliveira, confirmou que Maria Galvão Sousa "deixou de ser directora de marketing da empresa" na sequência do caso. Mas acrescentou que esta não será demitida da empresa, uma vez que não existem provas de que a transcrição das suas afirmações no jornal tenha sido exacta. Fernando Oliveira disse ainda que Maria Galvão Sousa era uma profissional "com provas dadas", há muitos anos a trabalhar para a Mundicenter. "Era e é uma pessoa com qualidades e defeitos, como toda a gente, mas com saldo positivo", considerou (Publico)

Comunicação é no Minho

As universidades do Minho, Beira Interior, Lusófona e Fernando Pessoa são as que, em termos globais, têm as licenciaturas na área das Ciências e Tecnologias da Comunicação mais bem classificadas. É assim que qualifica a Comissão de Avaliação Externa (CAE) designada pela Fundação das Universidades Portuguesas e pela Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado para avaliar as licenciaturas na área da comunicação. Com "insuficiente" ficou o Instituto Superior da Maia. Ao todo, foram avaliados 15 cursos que preparam os estudantes para o mundo do jornalismo, publicidade, multimédia, gestão de marketing ou assessoria. De fora ficou a licenciatura de Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa, por opção, por considerar que o grupo de avaliadores que constituía a CAE não era isento. Em cinco anos de avaliação, este foi o primeiro curso a recusar-se a ser analisado.A CAE foi presidida por António Fidalgo, da Universidade da Beira Interior; integrava ainda dois catedráticos da Universidade do Minho. A Nova defendia que um dos seus catedráticos também devia pertencer à comissão. O curso que oferece é o mais antigo do país nesta área.Mas a polémica não se ficou por aqui. Concluída a avaliação, a Universidade de Coimbra, que lecciona Jornalismo, fez chegar à CAE um "contraditório" que a comissão considerou "negativo" devido ao "tom agressivo e descortês com que foi feito" e que veio confirmar da "pior forma as graves deficiências apontadas e a justeza da avaliação feita". Também os contraditórios - textos onde as escolas podem argumentar sobre as classificações obtidas e esclarecer dúvidas - da Técnica de Lisboa e da Lusófona foram "polémicos", escreve a CAE no relatório-síntese

Mandela ideal num governo mundial

Num mundo ideal onde o sufrágio global pudesse formar um governo perfeito, Nelson Mandela, antigo Presidente da África do Sul, seria a pessoa escolhida para liderar uma administração composta por dez "ministros".Uma urna virtual criada pela BBC permitiu que 15 mil pessoas participassem num jogo interactivo destinado a escolher uma elite de onze membros, de uma lista das cem figuras ilustres, para constituírem um governo ideal. Mais de metade dos "eleitores" eram provenientes dos Estados Unidos.A seguir a Mandela, Prémio Nobel da Paz 1993, encontra-se o antigo Presidente dos EUA, Bill Clinton, que continua a gozar de altíssimos níveis de popularidade em todo o mundo.Os resultados mostraram que este governo fantasia seria composto exclusivamente por homens. A mulher com o maior número de votos, a líder da oposição na Birmânia, Aung San Suu Kyi (também Nobel da Paz em 1991), ficou apenas em 14.º lugar. Hillary Clinton, potencial candidata à presidência dos EUA, aparece em 16º lugar.Quatro dos membros desta elite governativa "de sonho" são magnatas financeiros: Bill Gates, da Microsoft, Steve Jobs, da Apple, Richard Branson, da Virgin, e o filantropo bilionário George Soros. Em quinto lugar ficou Alan Greenspan, presidente da Reserva Federal dos EUA, o que enfatiza a preocupação dos eleitores em garantir a integridade financeira do executivo global.A religião encontrou a sua representação no dalai-lama, líder espiritual do Tibete ( Nobel da Paz 1989), que ocupa o terceiro lugar e o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, (Nobel da Paz 1984), em oitavo. O Papa Bento XVI ficou em 28.º lugar.Contudo, a maior surpresa foi o sucesso do activista político norte-americano Noam Chomsky, que conquistou o quarto lugar. O famoso e ilustre socialista/ anarquista tem chefiado as críticas mundiais à política externa dos EUA nos últimos 20 anos.Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido, foi excluído por uma pequena percentagem ao ceder o 11.º lugar ao secretário-geral da ONU Kofi Annan. Bush foi colocado no 43.º lugar a seguir a dois dos seus maiores "rivais": Fidel Castro e Hugo Chávez (Publico)

Ingleses já andam a plantar chá...

A primeira colheita de chá cultivado nas Ilhas Britânicas foi apresentada ontem. Vem dos jardins de Tregothnan, na Cornualha, onde um jardineiro, Jonathon Jones, não se conformava com o facto de o país mais associado ao consumo do chá não ter uma única plantação da famosa Camellia sinensis, a planta do chá.Até hoje, o Reino Unido importou todo o chá que consumia. A esperança de Jones é que, agora que ficou provado que nas Ilhas Britânicas também se sabe cultivar chá, essa realidade mude. Tregothnan será assim a segunda plantação de chá da Europa, a seguir às existentes na ilha de São Miguel, nos Açores.Pode parecer estranho que o país mais associado ao consumo de chá, e que o bebe há mais de 400 anos, até hoje não tivesse tentado cultivar o seu próprio chá e se limitasse a importar o que bebe. Jonathon Jones contou ao jornal britânico The Daily Telegraph que houve uma tentativa para contrariar esse estado das coisas no fim da Segunda Guerra Mundial, depois de o Reino Unido se aperceber de que o abastecimento de chá proveniente da Índia podia ser cortado. Mas, quando os promotores da iniciativa repararam que levaria pelo menos cinco anos para que os arbustos de Camellia sinensis crescessem e estivessem prontos para ser tratados, desistiram.Para além disso, lembra, sempre se pensou que o solo britânico não tinha as condições necessárias para a planta do chá. Ora Jonathon Jones nunca acreditou muito nisso. Até porque a planta do chá é da família das camélias, que se dão muito bem em Inglaterra. Jonathon Jones teimou então que o solo ácido da Cornualha bem como os seus vales temperados seriam um bom porto de abrigo para a planta do chá. Há cinco anos, plantou os primeiro pés de Camellia sinensis. E esperou. Ontem, numa mostra nos Jardins Reais Botânicos, Kew Gardens, nos arredores de Londres, Jones pôde mostrar que a sua teoria estava certa. Entre as mãos do jardineiro, que podemos ver na foto, está o primeiro chá produzido em Inglaterra para fins comerciais (do Publico)

Treinador italiano morre num programa de televisão!!!

Franco Scoglio, um dos mais conceituados treinadores italianos de futebol e apontado como futuro seleccionador da Guiné-Bissau, morreu anteontem, após paragem cardíaca em pleno debate televisivo no canal regional de Génova Primo Canale. Conhecido como "professor do calcio", Scoglio, de 64 anos, sentiu-se mal quando mantinha uma acalorada discussão com Enrico Preziosi, presidente do Génova, clube que o malogrado treinador orientou. Depois de Preziosi se ter dirigido ao veterano técnico como "querido Scoglio", o treinador não gostou e exigiu ao presidente do Génova que lhe chamasse "professor". "Bem, vou chamá-lo assim e vestir a bata", ripostou Enrico Preziosi, nas últimas palavras trocadas com Scoglio, que momentos depois sentiu-se mal e perdeu os sentidos. Ao aperceber-se da situação, a realização do programa orientou a câmara para outro plano e suspendeu a emissão. Depois de prestada assistência médica, sem sucesso, foi anunciada a morte de Franco Scoglio.

Os mais ricos: Real Madrid ameaça Manchester United

O Real Madrid fechou as contas da temporada 2004-2005 com um reforço de 17 por cento nos ganhos, ameaçando o estatuto do Manchester United como o clube de futebol com maiores receitas anuais. Segundo as contas dos madrilenos, o clube encaixou na última temporada 275,66 milhões de euros e para esta época prevê-se que as verbas ultrapassem os 300 milhões, números que podem acabar com um "reinado" de oito anos do Manchester United. Nas contas do último ano, o clube inglês registou um encaixe de quase 250 milhões de euros e um relatório provisório efectuado a meio do actual exercício aponta para uma queda abrupta na ordem dos 50 por cento. Apesar de estar há dois anos sem arrecadar troféus importantes, mesmo com a "constelação" de estrelas no plantel, o presidente do Real Madrid, Florentino Perez, que em 2000 iniciou a política dos "galácticos" com a contratação de Luís Figo, assegura que este é o modelo de gestão adequado aos "merengues". "Não estamos obcecados com os resultados financeiros, mas este modelo garante a nossa liberdade", confidenciou Perez ao diário espanhol El Pais. Estrelas como David Beckham, Zinedine Zidane, Ronaldo, Roberto Carlos ou, mais recentemente, Robinho explicam por que razão uma grande fatia das receitas, cerca de 42 por cento, tem origem na política de marketing do clube. Neste capítulo, o clube angariou quase 117 milhões de euros, uma verba que, mesmo assim, está longe de cobrir a "pesada" folha salarial do plantel, orçada em 144 milhões, que representam 52 por cento do total dos ganhos (Publico)

Congressista acusado de "branquear capitais"

Tom DeLay, o demissionário líder da maioria republicana na Câmara de Representantes dos Estados Unidos, foi ontem alvo de uma segunda acusação, por parte de um grande júri do Texas, desta vez por "branqueamento de capitais". O congressista é agora suspeito de ter "desviado" 190 mil dólares de donativos de empresas do Texas para financiar candidatos republicanos durante a campanha eleitoral em 2002. Na quarta-feira passada, DeLay já tinha sido acusado de "conspiração" pelo seu presumível papel na recolha e uso ilegal de donativos de empresas do Texas na campanha de 2002. Demitiu-se imediatamente do cargo de líder da maioria republicana, mas não de membro da Câmara dos Representantes.Dick DeGuerian, advogado de DeLay, classificou ontem a segunda acusação de "resultado directo de um recurso da defesa", que exigiu, invocando "falhas técnicas", a anulação da primeira acusação.Foi o procurador do Texas, Ronnie Earle, que anunciou na segunda-feira à noite, a segunda acusação, envolvendo nela também dois assistentes de DeLay, identificados como John Colyandro e Jim Ellis. O branqueamento de capitais é um crime punido no Texas com prisão perpétua.Num comunicado, o veterano DeLay, há 20 anos membro do Congresso, considerou a segunda acusação "mais um exemplo de perseguição" por parte do procurador Earle.O grande júri acusou o congressista, horas depois de o Departamento da Justiça ter confirmado que a polícia britânica teria interrogado a antiga primeira-ministra britânica Margaret Thatcher sobre um alegado encontro com DeLay, em Londres, em 2000. O inquérito está a tentar determinar se o republicano norte-americano recebeu viagens e outros subornos em troca de influenciar a mudança de legislação nos EUA.DeLay assegurou a aprovação na Câmara dos Representantes de grande parte da agenda legislativa do Presidente George W. Bush, de quem é um firme aliado

36 milhões morrerão até 2015

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou hoje a uma acção conjunta dos governos e da sociedade civil para lutar contra as doenças crónicas e salvar a vida de 36 milhões de pessoas que, caso contrário, estarão mortas em 2015. Num relatório apresentado hoje, a OMS sustenta que as doenças crónicas são actualmente a principal causa de morte no mundo e a tendência é para que assumam um impacto cada vez maior na mortalidade.O relatório analisa o caso de nove países (Brasil, Canadá, China, Índia, Nigéria, Paquistão, Federação Russa, Reino Unido e República Unida da Tanzânia) e estima que pelo menos 17 milhões de pessoas morram prematuramente em cada ano devido a uma doença crónica. O objectivo da organização internacional é reduzir a estimativa de mortes devida a doenças crónicas em dois por cento todos os anos até 2015. A maioria das doenças crónicas - como cancros, diabetes, problemas respiratórios ou Cardiovasculares -, resulta de um pequeno conjunto de factores de risco, nomeadamente uma dieta desequilibrada, inactividade física e consumo de tabaco, cuja prevalência tem vindo a aumentar nas populações (Expresso)