LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Reconstrução depois do Tsunami

Segundo a imprensa, "a reconstrução das zonas atingidas pelo sismo e maremoto de 26 de Dezembro no sudeste asiático vai custar entre dez e 12 mil milhões de dólares (7,8 e 9,2 mil milhões de euros), conforme anunciou Hafiz Pasha, assistente do secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Este valor é dez vezes superior ao custo total dos trabalhos das equipas de emergência nos dias que se seguiram ao maremoto. A verba terá de ser aplicada nos próximos três a cinco anos. Em declarações à AFP, Hafiz Pasha disse que a reconstrução vai concentrar-se nas infra-estruturas. A ONU recebeu 925 milhões de dólares para as operações de socorro imediatamente após o tsunami que afectou mais de uma dezena de países e matou cerca de 290 mil pessoas".

A minha pergunta é apenas uma: se são precisos 12 mil milhoes e a ONU receber 925 milhões, onde vão ser encontrados os outros mais de 10 mil milhões?

Quito em vigor?

O Protocolo de Quioto sobre alterações climáticas entra hoje (16 de Fevereiro) em vigor, apesar de o país mais poluidor, os Estados Unidos, continuar fora do acordo.
A principal cerimónia de comemoração vai ter lugar na cidade de Quioto, onde em 1997 foi assinado o acordo, já ratificado por 141 países, 30 dos quais industrializados.
Quioto receberá uma conferência internacional onde se prevê a participação da Nobel da Paz de 2004, Wangari Maathai, que é também secretária de Estado do Ambiente do Quénia.

Eu acho engraçado tudo isto! Os EUA continuam de fora a fazer um grandessíssimo manguito à comunidade internacional sem se preocupar com isso. Outros paises que assinaram o documento ja andam a dizer que nao têm dinheiro para dar execução ao compromisso assumido. Ou seja, assinam o papel a pensar na melhor forma de sacarem aos mais ricos uns milhoes de dólares. Assim nao vale a pena. Deixa que rebentem com esta porcaria toda!

Cenário de Miséria

Pensemos nesta realidade que cada vez mais passa depercebida:
"Um sexto da população mundial (mais de mil milhões de pessoas) vive na pobreza extrema, definida no relatório como "a pobreza que mata". Estas pessoas carecem de água, de alimentação adequada, de cuidados de saúde básicos. Morrem, por ano, seis milhões de crianças, antes dos cinco anos de idade, devido a subnutrição Um milhão de pessoas tem menos de um dólar por dia para sobreviver e mais de 2,7 mil milhões tentam viver com menos de dois dólares diários Mais de 800 milhões de pessoas deitam-se à noite com fome e entre estas, 300 milhões são crianças Mais de 2,6 mil milhões de pessoas carecem de saneamento básico, o que significa que estão nessa situação quatro em cada habitantes do planeta Cinco milhões de pessoas, na sua maioria crianças, morrem todos os anos na sequência de doenças causadas pelo consumo de água imprópria Mais de 50 por cento dos africanos sofrem de doenças causadas pelo consumo de água imprópria, como a cólera ou a diarreia infantil No mundo inteiro, 114 milhões de crianças não recebem sequer o nível mais básico de instrução e o número de mulheres analfabetas atinge os 884 milhões Entre 300 e 500 milhões de pessoas são infectadas pela malária por ano e três milhões perdem a vida. O HIV/sida mata seis mil pessoas por dia Em muitos países mais pobres a esperança de vida representa metade da que se observa no mundo com rendimentos elevados - 40 anos em vez de 80 A probabilidade de uma criança que nasça hoje na África ao sul do Sara sobreviver até aos 65 anos é de apenas 33 por cento Apesar deste cenário, não só se pode reduzir a pobreza em metade, como até 2025 é possível "eliminar a pobreza extrema", diz Jeffrey Sachs, que dirigiu o Projecto do Milénio das Nações Unidas. Para isso, é preciso que para além dos 150,2 mil milhões de euros por ano que os estados industrializados devem despender com desenvolvimento até 2015, libertem, inicialmente, mais 3,8 mil milhões, montante que deverá subir para 5,3 mil milhões até 2015. Agricultura, energia, gestão ambiental seriam algumas das áreas a investir". (Publico)

Reformados...coitados

O Jornal de Negócios noticicou que os reformados que recebem pensões de velhice e invalidez do Estado têm um poder de compra inferior a 1997 porque os aumentos têm sido inferiores à inflação. O diário chega a esta conclusão após cálculos elaborados com base numa estatística apresentada no estudo "Quatro medidas para a segurança social" da Direcção-Geral de Estudos e Previsões do Ministério das Finanças (DGEP). A análise refere-se às pensões estatutárias cujo valor depende exclusivamente dos anos de descontos, ao contrário das pensões mínimas. De acordo com o diário, os reformados que recebem pensões mais altas têm uma situação mais agravada, com um poder de compra inferior a 1995. "Esta perda do poder de compra das pensões estatutárias é uma consequência das políticas de reforço das pensões mínimas que levou a que os governos se esquecessem das restantes pensões, que sendo superiores, estão longe de serem elevadas (oscilam entre 240 e 340 euros)", escreve o "Jornal de Negócios".Esta perda de poder de compra é denunciada pelos autores do estudo "Quatro medidas para a segurança social" da DGEP, que defendem que desde 1991 se registaram por "diversas vezes perdas de poder de compra das pensões com origem contributiva, em particular as mais elevadas. Coitados dos reformados. Mas o que é que esperavam que este país de merda fizesse pelos seus reformados?! E só não os envia para um campo de concentração à boa maneira dos nazis porque estamos no século XXI. Caso contrário já nem reformados tinhamos. Assim salvava-se o defice orçamental dos 3% do PEC. O PCP e os monarquicos do BE/visconde Louça é que entravam em histeria porque perdiam um dos alvos preferenciais das suas demagogias patéticas.

Paraisos do gamanço

O visconde Louça, monarquico do BE fala que se farta do Madeira offshore - ou coisa do género. Obviamnente que estamos em Portugal e devemos falar das coisas nossas. Mas para os portugueses em geral que nao percebem essa linguagem ai vai mais uma ajudazinha: Nos anos 1970, havia 25 paraísos fiscais no mundo inteiro. Hoje, existem mais de 70! Metade são antigas colónias ou protectorados britânicos. Todos os anos, são criadas 150 sociedades fantasmas. Os paraísos fiscais representam apenas 1,2% da população mundial, mas possuem 26% dos bens das multinacionais americanas. Os EUA, como outros países, beneficiam com essas zonas francas. No fim dos anos 1990, de acordo com os números oficiais do General Accounting Office, 61% das empresas americanas ficaram isentas do imposto federal sobre essas sociedades. Com o passar dos anos, a rede de paraísos fiscais foi aperfeiçoada e ampliada. Cada zona geográfica tem seu paraíso. Por exemplo, os europeus podem escolher entre os velhos paraísos como as Ilhas Jersey ou Lichtenstein, e os paraísos da moda, como Malta e Chipre. O Sudeste da Ásia pode escolher entre Singapura e as ilhas do Pacífico. A Índia e a África do Sul têm à disposição as ilhas do Oceano Índico, as Seicheles e a Ilha Reunião. A América do Norte tem preferência pelas Antilhas e certos países da América Central. Todos os meses, novos países entram na lista de paraísos fiscais. Uma das últimas aquisições foi a Somália, que se lançou com entusiasmo na lavagem de dinheiro sujo. Os dirigentes africanos escondem, segundo os cálculos da praça de Londres, 20 bilhões de dólares nos bancos suíços, ou seja, duas vezes o montante dispensado pela África negra para o pagamento de sua dívida.As grandes empresas também participam desse circuito. Há três anos, a Enron foi investigada. Descobriu-se que tinha criado 881 pequenas filiais, das quais 692 tinham como sede as ilhas Cayman. Os primeiros estudos da Rede Mundial para a Justiça Fiscal apontam que o tráfico de lavagem e de evasão fiscal está na ponta do aperfeiçoamento técnico, o que explica sua característica: o boom dos paraísos beneficiou a ubiquidade das comunicações e da liberalização do mercado". Pois é. O dinheiro ainda manda...

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