LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Sorriso misterioso de Mona Lisa era de felicidade

Toby Sterling, Amsterdão
O misterioso meio sorriso que há séculos intriga os que olham para a Mona Lisa, talvez o quadro mais famoso do mundo, não é afinal assim tão difícil de interpretar, afirmam investigadores holandeses.Ela sorria porque estava feliz - mais exactamente, 83 por cento feliz, asseguram cientistas da Universidade de Amesterdão.Naquilo que descreveram como uma demonstração divertida de tecnologia, mais do que uma experiência séria, os investigadores sujeitaram uma reprodução do quadro a um programa de "reconhecimento de emoções" desenvolvido em conjunto com a Universidade de Illinois, nos EUA.O resultado mostrou que a figura pintada por Leonardo da Vinci estava 83 por cento feliz, 9 por por cento aborrecida, 6 por recento receosa e 2 por cento irritada. Tinha menos de um por cento de sentimentos neutros e a surpresa era nenhuma.Leonardo começou a pintar o quadro, agora a maior atracção do Louvre, em Paris, em 1503. Crê-se que a obra, também conhecida como Gioconda, representa a mulher de Francesco del Giocondo.O professor Harro Stokman afirmou que os investigadores tinham a perfeita consciência de que os resultados não serão científicos - o software não está construído para registar emoções subtis. Por isso não é capaz de detectar os sinais de sugestão sexual, ou de desdém, que muitos têm lido nos olhos da Mona Lisa. Além disso, a tecnologia foi desenvolvida para ser utilizada em filmes e imagens em suporte digital.Mas Stokman acredita que, com um valor de 83 por cento, é claramente felicidade a principal emoção da mulher. O investigador chefe Nicu Sebe envolveu-se no trabalho com a maior seriedade, obtendo uma imagem de base através do uso de uma composição dos rostos de dez mulheres com ascendente mediterrânico."Basicamente - explicou - é como lançar uma teia de aranha sobre um rosto, para o decompor em pequenos fragmentos", assinalou Stokman. "Depois, observam-se diferenças diminutas na abertura das narinas ou na profundidade das rugas em redor dos olhos."Stokman assinalou que o software é inútil para esclarecer teorias controversas sobre o quadro. Uma delas é a de que a Mona Lisa é afinal um auto-retrato de Leonardo sob a forma de uma mulher. "Mas, quem sabe, dentro de 30, 40, ou 50 anos até talvez sejam capazes de dizer o que é que ela estava a pensar naquele momento", ironizou o investigador holandês.
Jornalista da Associated Press

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