LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Açores nadam em dinheiro

Com o titulo "Excedente orçamental em 2004", foi publicada há dias uma noticia curiosa:

"Pelo segundo ano consecutivo, as contas públicas dos Açores apresentaram um saldo positivo de 22 milhões de euros no ano anterior. Este resultado deve-se a uma receita fiscal superior em 30 milhões de euros ao valor orçamentado, assim como a uma redução das despesas de funcionamento da administração regional inferior ao previsto em cerca de 24 milhões de euros. Em declarações à TSF, Sérgio Ávila, vice-presidente do Governo Regional dos Açores, sublinhou que o saldo positivo de 22 milhões de euros «será totalmente aplicado no reforço do investimento público produtivo inscrito no plano de 2005». «Vamos manter o rigor e a contenção orçamental, reforçando apenas o investimento produtivo, já que é a única solução para transformar uma situação conjuntural numa realidade estrutural», acrescentou. Ainda assim, o Governo Regional açoriano reclama do Governo da República cerca de 93 milhões de euros de acertos nas transferências de impostos prevista na lei das finanças regionais, uma verba que deverá chegar durante os próximos quatro anos".

O que ninguém disse - e talvez se perceba os motivos... - é que os Açores são a região portuguesa mais atrasada. Das duas uma: ou o lider dos Açores não sabe como gastar o dinheiro - e não acredito que não sejam precisos investimentos numa região insular e pobre - ou andam a enganar-nos a todos. É caso para dizer: quem tem dinhero a mais, para que precisa de andar a chatear a União Europeia de mão estendida?

Cuidado com o coraçao

O Jornal "Publico" publicou ontem uma noticia interessante e que serve de alerta para todos nós - sobretudo neste tempo de mudança...

Más Notícias Podem Mesmo Partir o Coração Domingo
Ana Machado


Uma equipa da Universidade de Johns Hopkins afirma, num artigo publicado da revista "New England Journal of Medicine", que as más notícias, como a morte de uma pessoa chegada ou o fim de uma relação, ou o choque de nos vermos envolvidos num assalto à mão armada, por exemplo, fazem com que ocorra uma libertação exagerada de hormonas de stress, como a adrenalina, que podem ser prejudiciais ao coração. Os sintomas podem mesmo assemelhar-se ao início de um ataque cardíaco e podem durar dias. Depois passam como se nada tivesse acontecido, dizem. Os médicos chamam-lhe "síndroma do coração partido".
O estudo baseou-se na análise de 19 casos de pacientes que deram entrada no hospital com sintomas de ataque cardíaco, como dores no peito, acumulação de líquido no pulmão, falta de ar e batimentos cardíacos irregulares, após terem recebido, algumas horas antes, notícias que de alguma forma os chocaram.
Quando os pacientes, a sua maioria mulheres de idade avançada, eram observados, os médicos verificavam que não existia nenhum bloqueio de nenhuma artéria envolvida no fornecimento de sangue ao coração ou outros sinais que justificassem tais sintomas.
O único aspecto anormal que os médicos detectaram nestes pacientes foram níveis muito elevados, no sangue, de hormonas libertadas pelo stress, como a adrenalina e noradrenalina, qualquer coisa como entre sete a 34 vezes mais presença destas hormonas do que em casos efectivos de ataques cardíacos.
Observaram também a presença de uma substância, um péptido, que se encontra no organismo quando o músculo cardíaco está em esforço excessivo. Mas todos os ecocardiogramas e electrocardiogramas efectuados eram de corações saudáveis.
Os cientistas avançam com algumas explicações possíveis, mas não sabem ao certo qual a causa deste síndroma do coração partido. Talvez a produção anormal destes químicos faça com que algumas artérias do coração sofram espasmos violentos. Ou talvez estas hormonas tenham um efeito tóxico no coração. Ou pode ser que haja uma produção exagerada de cálcio que afecte temporariamente o coração. Os investigadores querem agora continuar com o estudo para saberem mais sobre este síndroma do coração partido.
Tratar a alma também é importanteSe há uma lição a tirar do estudo da equipa da Universidade de Johns Hopkins, é que os médicos devem estar mais atentos à estabilidade psicológica dos doentes e aos seus sentimentos, reconheceu Daniel Shindler, director do laboratório de ecocardiografia da Faculdade de Medicina de Robert Wood Johnson, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, em declarações ao sítio na Internet do canal norte-americano NBC: "Vamos decerto prestar agora mais atenção ao luto dos doentes." O especialista reconhece que muitos dos casos recebidos nos hospitais que se suspeitam ser o início de um ataque cardíaco podem revelar-se ser apenas síndroma do coração partido, se o médico der atenção ao estado de espírito do doente. Shindler afirma que as conclusões da equipa da Johns Hopkins fazem todo o sentido, sabendo a medicina hoje que a relação entre o cérebro e o coração não é apenas a relação emocional e de sentido figurado que o senso comum alimentou ao longo dos anos, mas que tem uma base biológica muito importante. "O estudo levará muitos médicos a pensarem duas vezes quando se depararem com casos de dores no peito em que há dificuldade em diagnosticar um ataque cardíaco, uma vez que os exames complementares não indicam nada de anormal."


Santana Lopes e as contas...

Santana Lopes, que anunciou que não se recanditará à liderança do PSD – outra posição, embora tomada tardiamente, quase que por pressão interna e externa – na ânsia de procurar “justificações” na noite eleitoral, cometeu um erro quando tentou desdramatizar os resultados dos social-democratas, referindo que e revelar que com a mesma percentagem o PSD ganhou outras eleições. Poderá ter ganho outras eleições, mas não ganhou legislativas nacionais. Em 2005, sem contar com os resultados da emigração, o PSD soma 28,69% e 1.639.019 votos. Se considerarmos os resultados de todas as anteriores eleições para a Assembleia da República, constata-se que em 1976 – nas primeiras eleições! – o PSD totalizou 24,38% e 1.336.697 votos, que em 1983 obteve 27,24% e 1.554.804 votos. Estes foram os resultados mais próximos mas em nenhum deles o PSD ganhou eleições. Mais próximo dos valores de 2005 apenas registei os 29,87% em 19985 correspondentes a 1.732.288 votos. Quanto ao PS, os seus 45,05% e 2.573.311 votos em 2005 aproximam-se dos 43,76 e 2.583.755 votos de 1995, quando Guterres ganhou as eleições ou mesmo dos 44,06% e 2.385.922 votos de 1999 que deram nova vitória aos socialistas.

Somos realmente uns tesos de m...

Titulo de uma notícia de hoje (www.publico.pt)
Portugal tem os salários mais baixos da Zona Euro

Texto da noticia:
Portugal está no pior dos cenários quantos às remunerações do trabalho na União Europeia: os seus salários são os mais baixos da Zona Euro, mas os seus custos do trabalho são demasiado altos para serem competitivos face aos novos membros da comunidade.
Um estudo da firma de consultoria e auditoria Deloitte & Touche revela que, num grupo de 19 países da UE, Portugal é o sexto com remunerações mais baixas. O estudo incide sobre o custo médio anual das empresas com dez ou mais funcionários; o custo por trabalhador, em Portugal, é de 17 325 euros; depois de descontos para a segurança social e impostos, cada trabalhador leva para casa 11 771 euros. Isto deixa Portugal abaixo de outros dez membros da Zona Euro (a Holanda não foi incluída no estudo, mas é seguro que os seus níveis de remuneração são mais elevados que os portugueses), e mesmo do Chipre - os cipriotas têm uma remuneração líquida de 17 766 euros. O estudo foi elaborado pela Deloitte da Irlanda, e as conclusões dos seus autores viram-se para o caso irlandês: "O nível geral de remuneração pago na Irlanda face aos nossos vizinhos de Leste assume grande importância." "Considerando que a Polónia, por exemplo, tem níveis de remuneração que são menos de 20 por cento dos nossos, é possível que empregos que viessem para a Irlanda antes do alargamento da UE se dirijam agora para a Polónia", declarou Padraig Cronin, um dos responsáveis pelo estudo. Portugal fica bem abaixo da Irlanda, mas muito acima dos cinco novos membros do Leste incluidos no "ranking". O que põe em causa o tradicional modelo competitivo português; não será possível a Portugal, com os seus níveis de remuneração, competir na Europa a 25 com base na oferta de mão-de-obra barata. O estudo também inclui o peso das contribuições para a segurança social tanto de patrões como de empregados, e dos impostos sobre o rendimento. Deste ponto de vista, a situação portuguesa melhora. Em Portugal, esses encargos representam pouco mais de 30 por cento do total do custo das remunerações. Esse é um dos níveis mais baixos da Europa; na França, na Finlândia, na Bélgica e na Suécia, a carga fiscal ultrapassa os 45 por cento. Dos 19 países estudados, só Luxemburgo, Malta, Irlanda e Chipre têm uma carga fiscal menor que a portuguesa. O relatório da Deloitte & Touche irlandesa mostra grandes discrepâncias nos níveis (brutos e líquidos) de remuneração entre os membros da antiga UE a 15 e os novos aderentes de Leste. Países como Portugal, Grécia e Espanha estão na "fronteira". Mas também há grandes discrepâncias -que não têm a ver com a data de adesão à UE -entre as cargas fiscais sobre o trabalho das 19 nações mencionadas, desde os menos de 15 por cento no Chipre aos quase 50 por cento na Suécia".


Comentário final: com a recuperação economica de Santana Lopes, Bagão e Alvaro Barreto era assim. Imaginemos o que não seria se estivessemos em crise...

O peso da blogoesfera

Temos que salvaguardar este espaço de liberdade. Cumprindo regras de ética, mas dando livre expressao ao nosso pensamento. Vejam um artigo publicado no "Publico" de hoje (www.Publico.pt) que fala por si:

"Blogues provocam demissões em duas cadeias americanas de televisão

Uma vasta campanha de informação e crítica nos blogues norte-americanos levou à demissão do apresentador da CBS Dan Rather e do director de informação da CNN Eason Jordan. São as mais recentes "vítimas" do universo dos media americanos, afastados por razões distintas.O director de informação da cadeia CNN viu-se forçado a anunciar a sua demissão no início da semana passada para pôr um ponto final na controvérsia gerada por declarações suas no Fórum Económico Mundial de Davos (Suíça), no passado dia 27 de Janeiro. Na ocasião, terá afirmado que militares americanos tinham "deliberadamente tomado como alvo e morto jornalistas no Iraque". Curiosamente, as afirmações de Jordan foram ignoradas pelos jornalistas presentes. Mas a polémica estalou - e não deixou de crescer - quando os blogues recuperaram aquelas declarações e as difundiram amplamente. "Eu nunca disse que os militares dos Estados Unidos agiram com intenção de matar quando atingiram acidentalmente jornalistas e peço desculpa a quem tenha pensado que o afirmei", escreveu Eason Jordan numa carta aberta à redacção da CNN, divulgada no "site" da cadeia de televisão. No entanto, admite que as suas declarações "não foram tão claras como deveriam ter sido". As explicações de Jordan não satisfizeram os bloguers e foi difundida uma petição online pedindo à CNN que encontrasse uma transcrição das declarações proferidas na reunião. Era pedida a sua demissão caso se confirmasse a acusação do jornalista às forças armadas americanas. Seja verdade ou não, nunca se virá a saber, pois não existem registos gravados da reunião. Após duas semanas de ataques e críticas cerradas em "sites" como captiansquartersblog.com, nationalreviewonline.com e easongate.com - este exclusivamente dedicado à controvérsia - Eason Jordan acabou por demitir-se. Desde 1982 na CNN, o jornalista encontrava-se presentemente sem responsabilidades operacionais directas, assegurando a coordenação da cobertura de situações perigosas ou de zonas do planeta de difícil acesso. Este abandono verifica-se pouco depois da demissão de um veterano dos media americanos, o jornalista da CBS Dan Rather. Ele abandonará as suas funções no princípio de Março depois de alguns blogues terem revelado que se apoiara em documentos falsos numa reportagem sobre os serviço militar do presidente George W. Bush. Tempestade num copo de águaPara Paul Grabowicz, professor de jornalismo na Universidade de Berkeley, "antigamente" - isto é, há apenas alguns anos -, as críticas dos media sobre a sua própria actividade eram analisadas numa revista mensal especializada, a "Columbia Journalism Review" ou em artigos da imprensa especializada. Agora, acrescenta Grabowicz, as críticas e comentários circulam com grande visibilidade na Internet. No caso de Jordan, a maioria dos bloguers que o atacavam são referenciados com os meios conservadores. No entanto, a controvérsia gerada não pode ser considerada como um ataque dos conservadores a uma imprensa tida por demasiado liberal. Dois democratas presentes na conferência de Davos também criticaram as observações de Jordan. "Atacaram-no porque representa uma linha que surge como muito liberal", explica David Gergen, republicano e chefe de redacção do "US News and World Report", citado pelo "Washington Post". O diário conservador "Wall Street Journal" começou por criticar Jordan num editorial, mas depois reviu a sua posição e considerou as declarações de Eason Jordan "uma tempestade num copo de água". Jordan "fez afirmações indesculpáveis e depois tentou justificar-se. Talvez seja idiota, mas não é um crime jornalístico", afirmava na passada segunda-feira o jornal. Contracção em inglês de "web" e "log", os blogues são um novo tipo de bloco-notas pessoal que fizeram a sua aparição em meados dos anos 90 mas que só recentemente registaram uma disseminação mundial, ao ponto de terem desempenhado um papel de grande importância na última campanha presidencial nos Estados Unidos. Segundo dois estudos americanos realizados em Novembro passado, cerca de 27 por cento dos internautas lêem blogues e oito milhões de americanos criaram já o seu próprio jornal digital. No entanto, apesar da sua influência crescente, 62 por cento dos internautas não sabem o que é um blogue".

Asqueroso vira-casacas

O pior que pod ehaver em politica sao os vira-casacas sem vergonha. No caso de Freitas do Amaral tudo se fica a dever a ambicao de ser candidato presidencial apoiado pelo PS. Nao me admira que um dia destes o freitinhas apareca a dizer mal do Guterres para obrigar o PS a apoia-lo. Asqueroso. Entretanto, e para registo, deixo a noticia hoje lida na imprensa:

O ex-presidente do CDS Diogo Freitas do Amaral congratulou-se hoje com a vitória do PS por maioria absoluta nas eleições legislativas antecipadas, manifestando a esperança de que o próximo Governo possa realizar as reformas necessárias."Regozijo-me com a vitória clara e expressiva do PS nas eleições legislativas. E congratulo-me com o facto de o eleitorado ter conferido ao PS uma maioria absoluta, isto é, um mandato acompanhado dos meios indispensáveis para governar", disse Diogo Freitas do Amaral, em declarações à Lusa.O antigo líder do CDS, que manifestou o seu apoio à candidatura socialista, felicitou ainda o secretário-geral do PS, José Sócrates. "Desejo ao PS, e em especial ao engenheiro José Sócrates, as maiores felicidades no desempenho da acção governativa, que espero seja competente e reformista, como Portugal tanto precisa", concluiu Freitas do Amaral

Oportunista

Sondagens - recomendação

Eu gostaria de felicitar o eng. Pedro Magalhaes - eu conheco-o bem - pela qualidade. Sempre que quiserem saber de sondagens - aprender em vez de inventar - leia os artigos deles ou visitam o blog. Deixo o endereço do blog dele: http://www.margensdeerro.blogspot.com/

Desculpa pela ausencia

Deculpem mas a doenca (gripes) a todos apanha. Dai a ausencia estes dias.
De certeza que vamos ter muito que comentar, sobretudo depois de domingo.
Mas com calma, sem euforias, porque ja todos percebemos que nada vai mudar significativamente. Querem apostar?
Ou de repente o Banco de Portugal vai fabricar euros? Meu Deus e que promessas foram feitas. Ja hoje ouvi na televisao dezenas de mulheres desempregados reclamar os tais 150 mil novos empregos! Nao esperam pela demora. E o coitado do Socrates ainda nem foi empossado...

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