LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

domingo, março 13, 2005

Pai de Sócrates já é vedeta...

Do Correio da Manha de hoje, guardei a seguinte notícia:
"Pediram-me para abandonar a sala
Eu e a minha mulher ainda chegámos a estar na sala onde decorreu a cerimónia. No entanto, ao contrário do que sucedeu quando o meu filho tomou posse como secretário de Estado do Ambiente e, depois, ministro do Ambiente, fomos convidados a abandonar a sala. Apesar de discordar, tive de conformar-me e sair de onde estava”, disse, ao CM, o arquitecto Pinto de Sousa, quando já ia a caminho da Covilhã.O ex-vereador social-democrata da autarquia serrana acatou a decisão de “uma funcionária do protocolo” – “creio que da Presidência da República”, observou – e teve de se deslocar para uma sala contígua ao local da posse, que estava destinada aos familiares do novo Governo. Confrontado com o facto de ter sido José Sócrates a decidir que, desta vez, não havia o tradicional “beija--mão”, Pinto de Sousa adiantou não ter sido informado de tal decisão do filho. “Foi por isso, aliás, que quando cheguei ao Palácio da Ajuda, dirigi-me imediatamente para uma sala que já conhecia. De qualquer maneira, pessoalmente, discordo da forma como decorreu a tomada de posse. O povo mereceria estar presente. Não acredito, contudo, que a decisão de afastar o povo, que classifico de elitista, tenha sido do meu filho”.Fonte do gabinete de Imprensa da Presidência da República assegurou ao CM que a decisão de não haver populares nem familiares dos novos ministros na sala onde se encontrava Jorge Sampaio foi para acatar uma sugestão do sucessor de Pedro Santana Lopes.A fonte contactada pelo CM adiantou, ainda, que nem os secretários de Estado puderam estar ao lado dos titulares das respectivas pastas. “Foram colocados numa sala ao lado. Na principal só estiveram os ministros que tomaram posse, os elementos do anterior Governo, os presidentes do Tribunal Constitucional, do Tribunal de Contas e do Supremo, o procurador-geral da República, o núncio apostólico e os líderes das confederações patronais e sindicais, além do Presidente da República, dos funcionários do protocolo e dos jornalistas.”

Do jornal Publico transcrevo:
Pai de Sócrates contra "elitismo"O arquitecto Pinto de Sousa estava "alegre, contente, muito orgulhoso por tudo o que aconteceu" ao filho, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, que acabava de tomar posse como primeiro-ministro. Reconhece que "os problemas são difíceis", mas também que há "uma vontade indómita de os vencer por parte do meu filho José Sócrates e do Governo que o acompanha". Do que o arquitecto não gostou foi do novo figurino da cerimónia, que, por acordo entre Sócrates o a Presidência da República, impediu a afluência do povo ao Palácio da Ajuda. "Discordo e considero elitista esta forma. Uma posse de um Governo com uma maioria conferida pelo povo português em tão larga escala devia ser efectivamente aberta a toda a gente". Na hora dos "conselhos" que os jornalistas lhe pediram, o pai Pinto de Sousa lembrou ao filho que, como "homem do interior, tendo caldeado o seu carácter no interior", faça tudo "para que o interior não seja discriminado e que se adoptem políticas de combate à desertificação".
Pois é, pai famoso não sei. Mas falador, disso não há dúvida...

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