LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Cenário de Miséria

Pensemos nesta realidade que cada vez mais passa depercebida:
"Um sexto da população mundial (mais de mil milhões de pessoas) vive na pobreza extrema, definida no relatório como "a pobreza que mata". Estas pessoas carecem de água, de alimentação adequada, de cuidados de saúde básicos.
Morrem, por ano, seis milhões de crianças, antes dos cinco anos de idade, devido a subnutrição
Um milhão de pessoas tem menos de um dólar por dia para sobreviver e mais de 2,7 mil milhões tentam viver com menos de dois dólares diários
Mais de 800 milhões de pessoas deitam-se à noite com fome e entre estas, 300 milhões são crianças
Mais de 2,6 mil milhões de pessoas carecem de saneamento básico, o que significa que estão nessa situação quatro em cada habitantes do planeta
Cinco milhões de pessoas, na sua maioria crianças, morrem todos os anos na sequência de doenças causadas pelo consumo de água imprópria
Mais de 50 por cento dos africanos sofrem de doenças causadas pelo consumo de água imprópria, como a cólera ou a diarreia infantil
No mundo inteiro, 114 milhões de crianças não recebem sequer o nível mais básico de instrução e o número de mulheres analfabetas atinge os 884 milhões
Entre 300 e 500 milhões de pessoas são infectadas pela malária por ano e três milhões perdem a vida. O HIV/sida mata seis mil pessoas por dia
Em muitos países mais pobres a esperança de vida representa metade da que se observa no mundo com rendimentos elevados - 40 anos em vez de 80
A probabilidade de uma criança que nasça hoje na África ao sul do Sara sobreviver até aos 65 anos é de apenas 33 por cento
Apesar deste cenário, não só se pode reduzir a pobreza em metade, como até 2025 é possível "eliminar a pobreza extrema", diz Jeffrey Sachs, que dirigiu o Projecto do Milénio das Nações Unidas. Para isso, é preciso que para além dos 150,2 mil milhões de euros por ano que os estados industrializados devem despender com desenvolvimento até 2015, libertem, inicialmente, mais 3,8 mil milhões, montante que deverá subir para 5,3 mil milhões até 2015. Agricultura, energia, gestão ambiental seriam algumas das áreas a investir"
. (Publico)

Ligações Perigosas

Assinado por um jornalista do Publicio (edição de Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2005) foi publicado um texto ee opiniao que se recomenda. Nao por constituir uma novidade, mas porque fala do nosso mundo, dos blogs e dos novos desafios que eles colocam a uma comunicacao social que em Portugal continua arrogante e a julgar-se dona exclusiva da verdade e da coerência:

"Há meia dúzia de anos, quando a Internet já tinha invadido o mundo e ainda nos fascinava com as suas capacidades, um dos debates que irrompeu no jornalismo foi o do risco do seu desaparecimento, perante esta tecnologia que permitia que todos se transformassem em "jornalistas". A promessa da publicação ao alcance de todos estava presente desde os primeiros passos da Web, mas viria apenas a concretizar-se com os blogues.
Sempre pensei que o risco de extinção do jornalismo, a existir, não viria certamente da profusão de publicadores, já que o jornalismo não visa a reprodução mecânica da informação, mas sim uma selecção e validação da informação julgada relevante para que os cidadãos possam fazer escolhas conscientes. Ora essa função de selecção e validação, segundo critérios de rigor e independência, que estão no cerne da profissão de jornalista e do contrato social que mantemos, não se torna de forma alguma redundante com a profusão de informação, antes pelo contrário. A tarefa do jornalista, antes e depois da Web, continua a ser a procura da verdade e a sua divulgação (por muitos sorrisos cínicos que a palavra "verdade" possa suscitar).
É evidente que a facilidade de publicação da Internet constitui uma vitória da liberdade de expressão e enriquece o debate democrático, mas a livre troca de informações e expressão de opiniões não substitui a instância independente e arbitral que se espera que o jornalismo constitua. O que o cidadão espera do jornalista é que procure a informação, que seleccione os factos relevantes, que valide os dados e que os reporte com a máxima independência possível, sem defender interesses particulares. Espera-se ainda que o treino profissional do jornalista lhe permita separar a sua opinião dos factos e que, se quiser exprimir a primeira, o faça com lealdade perante o leitor, assumindo-o de forma clara (e só quando tal lhe parecer relevante para que o leitor forme a sua própria opinião). Lealdade é, aqui, um conceito-chave.
A Web tornou ainda menos clara a separação entre jornalismo e entretenimento (fenómeno que os tablóides e a TV iniciaram) e, entre muitas outras coisas, quase apagou a distinção entre jornalistas e não-jornalistas na produção de informação, o que desequilibrou a relação de poder entre os dois grupos, com consequências de sinais diferentes.
Os jornalistas viram-se de súbito imersos num universo mediático que não controlavam, que não tinha de obedecer a quaisquer regras de estilo, de validação, de separação de factos e opinião, de independência, de equidade, de garantia de contraditório, e que, para cúmulo, "et pour cause", conquistava uma parte crescente da atenção da sociedade. A tentação era demasiado grande.
Ao contrário do que as regras fariam esperar, ocorreu uma contaminação do jornalismo por estes discursos, "libertados" mais que "libertários", sedutores como um canto de sereia, onde tudo era possível, mesmo os ajustes de contas, sem o empecilho da deontologia.
Que os blogues tenham explodido não admira. Que tenham explodido entre os jornalistas também se percebe. Que a lógica displicente de produção de um blogue (que na origem é um diário pessoal) tenha penetrado no próprio jornalismo e no relato dos factos é mais grave. Mais do que relatores, os jornalistas tornaram-se comentadores, fontes de apartes, piscadelas de olho e cotoveladas cúmplices no leitor. Como esta campanha eleitoral mostrou à saciedade (mas já vem de longe), os jornalistas têm uma dificuldade cada vez maior em guardar para si próprios os seus sentimentos e conjecturas, as suas opiniões ou os boatos de que têm conhecimento e acham que eles merecem a glória do blogue, quando não da radiodifusão ou da impressão. Seria bom que a sociedade se lembrasse de que tem o direito não só de criticar mas de exigir aos jornalistas rigor e responsabilidade".

(www.publico.pt)

JARDIM GASTADOR

Ha comentadores - regra geral ligados ao PC ou ao PS - uns mais envergonhados que outros, que nos jornais ou na televisão sistematicamente se atiram, criticamente, contra a governação de Alberto João Jardim. No Continente ainda ha pessoas que se deixam ir na conversa dessa gente que perde a razão quando nao consegur esconder uma aversao doentia poerante os exitos dos madeirenses. Que dirao esses comentadores (com aspas) ao facto de um relatorio recente, elaborado em Lisboa, ter demonstrado que "o valor dos projectos aprovados no âmbito do programa operacional da Região Autónoma da Madeira já era superior à dotação inicial que lhe estava destinada. A técnica é habitualmente seguida pelo governo regional, que poderá assim ficar com dinheiro não aproveitado por outras regiões" (http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=1215691&idCanal=63). A etica recomendaria aos editores que impedissem que esta conduta continuasse perante a impunidade de quem, tem o dever de zelar pela independencia editorial

Lucia

Ja repararam que a hierarquia da Igreja resolveu mandar recados a proposito do pretenso aproveitamento politico-partidario em torno da morte da vidente Lucia? Eh preciso ter lata. Ou nao sera verdade que ao longo dos anos a hierarquia da Igreja se borrifou para Lucia, apenas dela se encostando por oportunismo mediatico? E agora andam a mandar recados a terceiros? Assumam-se como mensageiros da palavra de Cristo. E deixem Lucia fazer o seu ultimo percurso em paz e sem ser alvo de aproveitamentos, políticos, partidários ou religiosos.

Boas vindas

Acabei de criar este blogg.Para que seja um espaco aberto de liberdade e de pensamento, critico ou nao.
Avancemos, pois

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