LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

quinta-feira, setembro 15, 2005

Futebol em crise - 3

Também o Semanário Económico há dias dedicava atenção ao futebol português, com o texto interessante que transcrevemos:
Clubes devem 24 milhões de euros ao Fisco

Os clubes de futebol que vão disputar a Liga Betandwin.com (antiga Superliga Galp Energia) e a Liga de Honra estão a dever às Finanças, em conjunto, 24 milhões de euros. As contas, divulgadas na edição de hoje do "Semanário Económico", contabilizaram todas as dívidas contraídas entre 31 de Maio de 1998 e o final do primeiro semestre deste ano, deixando de fora os valores do chamado Totonegócio.
De acordo com o "Semanário Económico", as dívidas dos clubes ao Fisco estão relacionadas com retenções na fonte de IRS que nunca foram entregues aos cofres do Estado e de IVA relacionado com transferências de jogadores e receitas de bilheteira ou publicidade.
Apesar de estas dívidas serem conhecidas e de todos os anos os clubes serem obrigados a comunicar à Liga Portuguesa de Futebol Profissional a sua situação fiscal, todos os clubes apresentaram as certidões que lhes permitem participar nas competições. As excepções são o Alverca e o Felgueiras, que este ano vão ser excluídos da Liga de Honra.
De acordo com o semanário, basta aos clubes apresentarem na Liga um comprovativo de que estão a contestar a falta de pagamento para poderem inscrever jogadores. Na prática, os clubes podem inscrever jogadores mesmo devendo ao Fisco porque a reclamação tem efeitos suspensivos sobre a penalização prevista nos regulamentos da Liga.

Um campeonato apostado em desmentir o défice

A I Liga arranca hoje e, tal como na época passada, Sporting e Belenenses são os primeiros a intervir - neste caso, num derby marcado para Alvalade (21.30, TVI). E as coincidências quase acabam por aqui. A temporada 2005/06 manterá as polémicas, a começar pela do patrocínio e a acabar na arbitragem, mas sugere enormes diferenças. "Espero que seja uma Liga à altura da exigência do Mundial 2006, que vem logo a seguir", antecipou ao DN o secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Laurentino Dias.
Não há, por oposição com os últimos anos, desinvestimento geral, haverá transição para 16 participantes em 2006/07, há a introdução de uma nova tendência de referência do mercado (o argentino, ainda assim, longe do filão brasileiro), será o último ano de Valentim Loureiro na presidência da Liga (eleições no próximo Verão). "Esta época intermédia, num quadro de alterações orgânicas, penso que poderá gerar um ganho de competitividade, como na luta pela manutenção", referiu Laurentino Dias.
Num ano em que a crise talvez anunciasse nova redução nos orçamentos, a lógica foi contrariada pelo FC Porto. A SAD mantém o astronómico orçamento de 60 milhões de euros, que representa cerca de 40% do investimento global na I Liga - ascende a 152,05 milhões de euros, do nível de 2004/05 (152,8). Por consequência, mas porque fez compras de outra divisão (Lucho González, titular da Argentina, à cabeça), os portistas são favoritos para ganharem a corrida ao campeão Benfica (25 milhões de orçamento) e ao pretendente Sporting (20 milhões).
A partir daqui, há os under-dogs. O Braga (4 milhões de orçamento), talvez o Boavista (3,8) e o Guimarães (3,3), parece espreitar uma improvável "competitividade" como a de 2004/05 - campeão com menos pontos da história. Mas há ainda Belenenses (3,9), Marítimo (7,5) e Nacional (5) no trilho europeu (dois directos mais um na pré-eliminatória da Liga dos Campeões; três na Taça UEFA). E nove equipas a evitar entrar no clube dos quatro relegados. Contas para conferir a 7 Maio, dia do juízo final.

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