LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

quinta-feira, setembro 15, 2005

O custo da demagogia: fracassou a fusão de duas universidades

A demagogia tem custos:
"A Universidade Independente (UnI) e o Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) revogaram no passado dia 1 de Setembro o acordo que previa a médio prazo a integração das duas instituições. Este é o primeiro falhanço na fusão de duas universidades privadas em Portugal, depois das primeiras tentativas de reorganização do mercado nos últimos anos.A “cultura institucional das duas instituições é muito diferente e por isso não se conseguiram encaixar”, revelou ao DE Rui Verde, vice-reitor da UnI. Foi “uma revogação amigável”, acrescenta. Apesar da “primeira experiência não se ter concretizado, não significa que não pensemos que as concentração sejam a solução para o futuro do ensino superior privado em Portugal”.Um ano depois da assinatura do acordo - formalizada em Julho de 2004 e que incluiu uma concentração através de troca de acções apoiada pela BCP Investimentos - as duas instituições optam agora pela separação. Na altura, o acordo previa que as duas entidades instituidores - Sides, SA e ENSIGEST - se fundissem numa única estrutura.Há vários meses que circulavam rumores de desentendimentos e de falhas na integração e cooperação entre professores e alunos das duas escolas de ensino superior privado. Desde o início do processo, “as duas instituições mantiveram sempre a gestão diferenciada, mantendo autonomia nos serviços e por isso a cisão não deverá ter grandes implicações no funcionamento das instituições”, acrescenta Rui Verde.Os processos de fusão, concentração entre instituições públicas e privadas são apontados como a solução para a resposta a quebra de candidatos ao ensino superior, que este ano deverá ser agravada pela instituição do 9,5 como nota mínima obrigatória nos exames de acesso.Nas candidaturas de 2003, mais de metade das vagas disponibilizadas nos estabelecimentos de ensino superior privado ficou por preencher.Legislação precisa-seAvançar com “legislação que facilite as fusões, mecanismos de integração, consórcios e federações” de instituições públicas e privadas foi uma das propostas avançadas no relatório que define as “Orientações estratégicas de reorganização da rede de ensino superior português”, divulgado pelo anterior Governo. Neste momento não existe qualquer diploma que regule estes processos de concentração de instituições. O relatório coordenado por Veiga Simão, que a anterior ministra Graça Carvalho deixou para Mariano Gago propõe que esta legislação “salvaguarde os direitos dos estudantes, promova as boas práticas e dê incentivos para uma verdadeira racionalização das instituições” existentes actualmente.Radiografia do ensino superior privado. As universidades Lusíada e Lusófona são as instituições de ensino superior privado com o maior número de alunos, cerca de 9500, de acordo com os valores da Direcção-Geral do Ensino Superior. Em 2003/04, a Lusófona tinha cerca de 9500 alunos e a Universidade Lusíada, somando os pólos de Porto, Vila Nova de Famalicão e Lisboa, somava cerca de 10700 estudantesSeguem-se a Autónoma e Fernando Pessoa com cerca de quatro mil alunos inscritos. A Universidade Independente (UnI) conta com cerca de 3100 alunos. Dois mil alunos é a soma dos inscritos nos dois pólos da Moderna e também da Universidade Portucalense
De acordo com os números oficiais a Universidade Atlântica tem cerca de 750 estudantes, a Internacional atinge apenas os 800 alunos (noticia do Diário Económico,
http://www.diarioeconomico.com/edicion/noticia/0,2458,670623,00.html)

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