LIBERTAÇÃO

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quarta-feira, outubro 19, 2005

PSD: RTP deve esclarecer envolvimento de uma jornalista no caso saco azul

O PSD entregou hoje um requerimento na Assembleia da República a exigir “esclarecimentos urgentes” sobre o eventual envolvimento da estação pública de televisão, através de uma sua jornalista, filha de Fátima Felgueiras, no caso do “saco azul” de Felgueiras.
No documento, o PSD recorda que a Polícia Judiciária de Braga denunciou ao Ministério Público a existência de pressões sobre testemunhas-chave no processo do “saco azul”, que passavam pela promessa de entrevistas no canal público, em troca de desmentidos de afirmações feitas durante o inquérito judicial. "De acordo com a Polícia Judiciária e confirmado por uma dessas testemunhas, as pressões e a 'oferta' de tempo de antena no canal de serviço público de televisão envolveram a filha da presidente eleita da Câmara Municipal de Felgueiras, Sandra Felgueiras, jornalista da RTP", continua o requerimento, dirigido ao conselho de administração da televisão pública.Perante esta acusação da Polícia Judiciária, o PSD questiona a RTP sobre "quais as medidas tomadas internamente para averiguar, de forma cabal, a veracidade dessas acusações graves". "É o bom nome da empresa e a imagem de rigor e isenção que devem pautar a concessionária do serviço público de televisão que necessariamente o exigem", conclui o documento.No dia 23 de Setembro, o PÚBLICO avançava que Fátima Felgueiras tinha mantido contactos desde finais de Maio, pelo menos, com dois membros do secretariado nacional do PS, em alguns dos quais participaram familiares directos da ex-autarca.A Comissão Permanente do PS emitia pouco depois um comunicado dando conta de que "não existiu nenhum contacto do secretário-geral do PS [José Sócrates], nem de qualquer dos membros do secretariado nacional, com a dr.ª Fátima Felgueiras ou com qualquer elemento ligado à sua candidatura".Ainda de acordo com PÚBLICO, quando Fátima Felgueiras regressou do Brasil, onde se encontrava fugida à justiça há dois anos, voltou a deixar claro que tinha negociado as condições do seu regresso a Portugal. No mesmo dia, quando percebeu que a PJ poderia levá-la para a prisão e não para o tribunal, a filha, Sandra Felgueiras, que a acompanhou a mãe desde a sua chegada a Portugal, contactou alguém no Tribunal de Felgueiras, para que a juíza responsável pelo caso enviasse um fax a solicitar a presença da ex-autarca de Felgueiras no tribunal.Por sua vez, o semanário “Expresso” avançava na última edição que, segundo a Polícia Judiciária de Braga, Fátima Felgueiras, através da filha, ex-marido e advogado, Sousa Oliveira, e do gestor e porta-voz da candidatura independente da ex-autarca, Horácio Reis, estava a pressionar duas testemunhas-chaves do processo do “saco azul” para permanecerem em silêncio durante o julgamento do caso. Essas duas testemunhas são Horácio Costa e Joaquim Freitas, ex-colaboradores de Fátima Felgueiras que denunciaram o caso “saco azul”. Neste processo, a autarca reeleita nas últimas autárquicas é acusada de 23 crimes, seis dos quais de corrupção passiva para acto ilícito e quatro de abuso de poder.O advogado de Fátima Felgueiras, Artur Marques, classificou de "manobra de diversão" o ofício da Polícia Judiciária de Braga divulgado pelo “Expresso”, considerando que se trata de “um facto sem relevância jurídica".

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