LIBERTAÇÃO

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quarta-feira, outubro 19, 2005

Banqueiro chinês condenado a pena de morte

O antigo director da sucursal de Xangai do Bank of China, Liu Jinbao, foi condenado à morte por fraude e corrupção, sendo a execução da sentença adiada por dois anos, noticiou ontem a agência Nova China. No sistema judicial chinês, uma pena de morte acompanhada de um adiamento deste género é geralmente comutada em prisão perpétua.
Liu Jimbao foi considerado culpado de um desvio financeiro no valor de 14,3 milhões de yuan (cerca de 1,4 milhões de euros), bem como de receber luvas de 1,4 milhões de yuan (cerca de 139 mil euros). Além disso, o banqueiro não conseguiu explicar a origem de bens pessoais no valor de 14,5 milhões de yuan (cerca de 1,4 milhões de euros).
Os factos remontam a meados dos anos 1990, quando Liu Jimbao era director da sucursal de Xangai do Bank of China e concedeu empréstimos ilícitos ao magnata da construção Zhou Zhengyi. O escândalo rebentou em 2003, quando o banqueiro foi subitamente chamado a Pequim, no âmbito de um inquérito aos empréstimos concedidos a Zhou Zhengyi. Em Fevereiro de 2004, foi demitido das suas funções e constituído arguido pelos crimes de fraude e corrupção.
Liu Jimbao, que à altura da detenção ocupava o cargo de director em Hong-Kong do Bank of China, é um dos mais altos responsáveis bancários chineses jamais condenados de forma tão severa.
Nos últimos anos, o sistema bancário chinês tem sido abalado por vários escândalos de corrupção, ao mesmo tempo que as principais empresas públicas - é o caso do Bank of China - se preparam para entrar na bolsa e procuram captar investimento estrangeiro.
No início de 2005, a Comissão de Regulação Bancária concedeu aos bancos comerciais pertencentes ao Estado o prazo de um ano para reduzirem a criminalidade financeira. A Comissão tenta deste modo controlar o problema da criminalidade financeira, antes que se tornem efectivas, no próximo ano, as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) que prevêem a abertura do sector bancário chinês à concorrência internacional. Lusa

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