LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

domingo, outubro 30, 2005

O soldado número 2000 tinha a alcunha de Avozinho

Era conhecido como Avozinho por ser o mais velho do pelotão. O sargento George T. Alexander (na foto) tinha 34 anos quando entrou para a história como o soldado número 2000 a morrer no Iraque. A notícia chegou terça-feira a Killeen, no Texas, onde Alexander deixou viúva e dois órfãos: um rapaz de oito anos e uma rapariga de seis.
Ontem, a CNN recordava que, para lá da fria contabilidade dos caixões, os soldados mortos no Iraque tinham alcunhas. O Avozinho era alguém "que estava sempre a rir", recordou a irmã, Sasha. "Se uma pessoa estivesse em baixo, ele puxava-a sempre para cima." A mãe, Anne, já o tinha "dado a Deus" no dia em que ele partiu para o Iraque.
Quando o sargento Thomas Vitigliano, 33 anos, estava em patrulha em Ramadi. em 17 de Janeiro, reparou num táxi suspeito e aproximou-se do veículo com mais dois marines. Ao aperceber-se que se tratava de um bombista suicida, só teve tempo de proteger os parceiros com o corpo e morreu. Chamavam-lhe Super-Homem porque era rijo como aço e parecia invencível, lembrou o irmão, Ronan, à CNN.
Muito antes de deixar Honolulu para ir combater no Iraque, Deyson Ken Cariaga já era conhecido por Dice (jogador de dados) no bairro onde gangs e droga lhe dominaram a adolescência. Tinha 20 anos quando o seu jipe explodiu sobre uma bomba. Companheiros contaram à mãe que, em patrulha no Iraque, ele levava sempre uma mochila cheia de bonequinhos de peluche, brinquedos e doces para "dar aos miúdos".
O Rato, Ben Morton, não deitava nada fora, guardava até os desperdícios para "o caso de vir a dar jeito". Tinha 24 anos, em Maio, quando foi mortalmente alvejado durante uma busca à casa de um suspeito bombista. A sua mulher, Eleina, com quem se casara um ano antes, suicidou-se três meses depois.

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