LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

quinta-feira, setembro 29, 2005

Ministros estão proibidos de assistir a inaugurações

O calendário eleitoral não trará desvios do Governo em relação ao seu Programa, garantiu ontem José Sócrates, prometendo firmeza e intransigência, incluindo a adopção de medidas impopulares --"o País não nos perdoaria se nós tivéssemos algum cálculo político no lançamento dessas medidas". Além do mais, "o País está cheio dessa experiência, de governos que adiaram essas medidas, porque tinham medo das eleições", mas "nós nunca tivemos medo das eleições", afirmou o líder do PS e primeiro-ministro, no encerramento da Convenção Autárquica do seu partido, em Coimbra.Convencido de que o PS vencerá estas autárquicas - a fasquia foi colocada na obtenção do maior número de votos -, pois o seu partido apresenta-se "com bons candidatos e com boas ideias", o líder do PS promete também dar "instruções a todos os membros do Governo" para não participarem em inaugurações a partir do dia do início oficial da campanha (duas semanas antes das eleições). "Nestas eleições não vamos assistir mais às interferências governamentais, ao carrossel de inaugurações, pretendendo influenciar as eleições locais". E espera, assim, dignificar a política e promover a "isenção do Governo nas eleições locais", ficando claro que "nenhum autarca do PS precisa da ajuda do Governo para ganhar as suas eleições".Sócrates, que falava em Coimbra, ontem, ao fim do dia, no encerramento da Convenção Autárquica do PS, definiu "três prioridades" para o Governo e autarquias, no âmbito das políticas sociais (protecção aos idosos, combate à exclusão social e promoção da educação e da saúde), do urbanismo e do desenvolvimento económico.Este, diz, "é o nosso programa, mas os partidos da oposição, em termos de eleições autárquicas, não apresentam nenhum programa", são "um deserto de ideias". Há, aliás, "quem se apresente com um único programa criticar e dizer mal do Governo" e aproveitando "oportunisticamente aquilo que são as reivindicações corporativas que se opõem às reformas do governo". Mas esse "não é o bom caminho" e quem se limita a dar razão a todas as reivindicações, "acaba de costas voltadas para o eleitorado, que sabe bem que estamos a pôr o interesse geral do país à frente do interesse de qualquer corporação".

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