LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

segunda-feira, setembro 26, 2005

Os alemães já começam a emigrar...

Leiam que é preocupante:

O desemprego em massa, que atinge cerca de cinco milhões de pessoas, a falta de perspectivas num mercado de trabalho cada vez mais especializado e a actual instabilidade política estão a levar os alemães a emigrar em busca de melhor sorte. O novo êxodo é o maior desde o fim da Segunda Guerra Mundial e atinge sobretudo dois grandes grupos de trabalhadores a construção civil e as profissões técnicas, com predominância para a indústria metalúrgica. Pela primeira vez o número de emigrantes ultrapassou o de imigrantes Os números do Departamento de Emigração da Agência Federal do Trabalho (ZAV), que correspondem às solicitações da mão-de-obra especializada, falam por si em 2005, cerca de 130 mil alemães deixaram o seu país para trabalhar no estrangeiro, contra 120 mil em 2004 e tudo leva a crer que esse número seja muito maior, provavelmente da ordem dos 500 mil, já que nem todos os que querem procurar um emprego no estrangeiro se dirigem aos centros da Agência Federal do Trabalho. Na União Europeia, os países preferidos para a busca de novo emprego continuam a ser a Áustria, Suíça, Países Baixos e Grã-Bretanha, onde o mercado de trabalho é mais flexível e o desemprego mais baixo. Mas também a Polónia recebe muito emigrantes alemães, nomeadamente no sector da construção civil, em grande expansão. Só no ano passado , emigraram oficialmente para esse país mais de 8500 alemães. Apesar da elevada taxa de desemprego na Polónia (19%), este atinge sobretudo a agricultura. Em contrapartida, no sector automóvel, procura-se mão-de-obra especializada. Mas o Canadá é também um outro país de destino dos alemães, especialmente de carpinteiros, marceneiros e electricistas. Os alemães são muito pretendidos em consequência da qualidade do sistema dual de formação profissional que se pratica na Alemanha.Profissões qualificadas As profissões académicas, nomeadamente a medicina, também fazem parte do grupo dos novos "nómadas do trabalho". Em causa estão sobretudo os médicos que trabalham em hospitais, cuja situação se tem vindo a agravar. No início de Agosto, quase dez mil médicos alemães participaram em greves de protesto contra o aumento do tempo semanal de trabalho para 42 horas, contra a redução de dias de férias e do subsídio de Natal. Além disso, os médicos acabados de formar têm de contar com turnos que excedem as 24 horas e com uma remuneração abaixo do salário de um operário especializado. Já foram registados cerca de 6100 médicos que deixaram a Alemanha, sobretudo rumo aos países escandinavos, nomeadamente a Noruega, e também ao Reino Unido, onde a par de melhores condições de trabalho e de remunerações


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