LIBERTAÇÃO

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domingo, setembro 18, 2005

Só se acharam 60 por cento das vítimas em Nova Iorque

Em Maio, foi dado por terminado o trabalho de identificação das vítimas dos atentados às Torres Gémeas de Nova Iorque. Dos 2793 mortos, ficaram por encontrar os corpos de 1118. "Só encontrámos 60 por cento das vítimas. O colapso e a destruição foram imensos, muitos corpos ficaram pulverizados. Tínhamos sorte se encontrássemos um fragmento de osso", relata Mechthild Prinz, do gabinete do Chief Medical Examiner (um organismo estadual que investiga os casos de morte violenta) de Nova Iorque, que participou no Congresso da Sociedade Internacional de Genética Forense. Os corpos estavam tão danificados que o ADN era o único método possível e funcionou bem: entre as 1675 vítimas identificadas, só 500 o foram por outros métodos, como os registos dentários ou as impressões digitais. Um guia de procedimentos seguir para identificar vítimas de grandes tragédias era algo que não existia nos EUA. "Era o maior desastre nos EUA e não tínhamos um plano. Agora temos!", diz a investigadora. Pediram a uma empresa para desenvolver software para pôr os dados, ao mesmo tempo que os recolhiam no terreno. "Estávamos mesmo a improvisar. Alguém disse que foi como construir um avião enquanto voávamos." Também era preciso lidar com os familiares das vítimas. "Estavam sempre a perguntar, é claro, o que fazíamos, por que demorava tanto tempo. Tínhamos reuniões semanais. Perceberam, mesmo os familiares das pessoas que não encontrámos, que fizemos o melhor que podemos. Não estão zangados."

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