A mama do Toco na Madeira: um escândalo!

A possibilidade de a câmara intervir em domínio público marítimo foi decidida pelo Governo Regional em 2003, invocando o interesse público do projecto. Segundo a lei, porém, estes poderes são exclusivos do Estado, além de que a edificação não é permitida por nenhum dos planos de ordenamento da zona - o que já motivou uma queixa de cidadãos (alguns do BE e do PS) no Tribunal Administrativo do Funchal.
Ao concurso internacional aberto pela autarquia, apresentou-se apenas uma empresa, criada em Abril deste ano, que tem como administradores empresários ligados a Jaime Ramos (secretário-geral do PSD-Madeira) e a Miguel de Sousa (do PSD, presidente da Assembleia Legislativa Regional). O projecto prevê uma área de construção de 128 mil metros quadrados, parte dos quais conquistados ao mar, para uma marina, lojas, restaurantes, habitação (824 apartamentos), escritórios, um hotel e um aparthotel, além de zonas de lazer e de praia. Alberto João Jardim já reagiu à contestação: acusa a oposição de tentar destruir o investimento privado e diz que «só uma sova resolve o seu problema».
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