LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

sábado, outubro 08, 2005

Este drogado ainda se vai lixar...

O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, defende a realização de um inquérito independente às denúncias publicadas em Agosto pelo “L´Équipe”, acusando Lance Armstrong de se ter dopado na Volta à França de 1999, e à forma como o jornal gaulês teve acesso a documentos confidenciais: resultados da reanálise de amostras de urina, realizada pelo laboratório antidoping francês sob pretexto de uma pesquisa científica, e documentos assinados pelo heptacampeão quando foi controlado.
Este caso está a ser analisado em duas investigações diferentes, uma conduzida pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) e outra pela União Ciclista Internacional (UCI), instituições cujos presidentes – Richard Pound e Hein Verbruggen, respectivamente – potenciaram momentos de guerrilha na comunicação social, trocando acusações sobre as responsabilidades pelas quebras de confidencialidade.“Se ambas [as investigações] tiverem a mesma conclusão, não há problema. Mas se discordarem, seria bom criar um grupo de observadores independentes. Pretendo um inquérito independente que aponte as diversas responsabilidades no caso e que, se possível, seja também capaz de esclarecer se as amostras são positiva” afirmou Rogge na sexta-feira, explicando que esse painel seria escolhido entre o grupo de observadores da AMA, mas que trabalharia sem interferências.“Armstrong continua a gozar da presunção de inocência”, vincou ainda Rogge nas declarações à imprensa, na Bélgica, reafirmando o que já dissera em Setembro, numa entrevista ao jornal “De Morgen”: “Não cabe ao atleta provar que é inocente, são as instituições desportivas que têm de provar a sua culpa”.Responsabilidades repartidasAfinal, quem violou os regulamentos de confidencialidade? A UCI e a AMA não se entendem, mas os documentos publicados pelo diário desportivo tiveram forçosamente origens nos dois lados das barricadas desta guerra. Em cada ocasião em que foi controlado durante o Tour 1999, Armstrong cedeu uma porção de urina, que foi dividida em amostras A e B, que possuíam o mesmo código numérico que o documento assinado pelo ciclista no momento e onde têm de ser declarados os fármacos que está a utilizar por motivos médicos.As amostras seguiram para o Laboratório Francês de Despistagem da Dopagem (LNDD), e os formulários ficaram na posse da UCI. Como os testes realizados em 1999 nada detectaram e não foi necessário realizarem-se contra-análises, as amostras B ficaram armazenadas e foram usadas, no final do ano passado, para uma pesquisa científica que, segundo o director do LNDD, teve como objectivo perceber se “os desportistas tinham mudado a sua forma de recorrer” à eritropoietina (EPO), hormona só detectável nos últimos anos. Nesta investigação foi detectada EPO em 40 amostras colhidas no Tour de 1998 e em doze das amostras de 1999, ano em que Armstrong obteve a primeira de sete vitórias consecutivas na prova.O “L’Équipe” só conseguiu publicar um artigo afirmando que seis amostras com EPO foram cedidas por Armstrong porque obteve documentos confidenciais junto das estruturas antidoping – formulários com os resultados da reanálises das amostras – e da União Ciclista – formulários assinados pelo ciclista – e conseguiu comparar os códigos numéricos (Publico online)

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