LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

domingo, maio 15, 2005

Os americanos sao uns merdas

Elas não entendem nada. Julgam-se donos do mundo e pronto. Depois levam porrada e respondem com a artilharia toda. Ate parece que no Iraque e no Afeganistão estão a ganhar. Veja esta notícia do DN-Lisboa:
Sete pessoas morreram ontem, no Afeganistão, em mais um dia de protestos contra a alegada profanação do Alcorão na base americana de Guantánamo, em Cuba. Ascende assim a 14 o número de vítimas mortais no país desde que a revista americana Newsweek divulgou, esta semana, que vários militares terão atirado o livro sagrado para as sanitas da base, de modo a irritar os prisioneiros. Acontecimentos que estão a revoltar o mundo muçulmano e a gerar protestos em vários países - incluindo aliados de Washington.
Perante os primeiros protestos de indignação do Governo da Arábia Saudita, os EUA apressaram-se a abrir um inquérito para apurar a veracidade dos factos. Os resultados preliminares da investigação, divulgados pelo Pentágono, não permitem contudo confirmar a profanação do Alcorão. "Se ficarem provados os factos, o Governo saudita sublinha a necessidade de serem tomadas medidas de dissuasão contra os culpados para impedir a sua repetição e restaurar o respeito pelos sentimentos dos muçulmanos em todo o mundo", referiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Riade.
Por seu lado, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, falando "aos muçulmanos da América e de todo o mundo" apelou à calma. "Nós honramos os livros sagrados de todas as religiões do mundo. Uma falta de respeito pelo Alcorão é, para nós, algo de odioso", declarou a chefe da diplomacia dos EUA. "Se os factos ficarem provados, tomaremos as medidas adequadas", acrescentou.
Há mais de um ano, uma reportagem da televisão do Qatar Al-Jazeera revelava os mesmos factos, mas a informação não suscitou, então, protestos. A revelação na Newsweek surge cerca de um ano após a divulgação dos abusos cometidos na prisão iraquiana de Abu Ghraib, quando os EUA procuram apagar a má imagem deixada.
indignação. Ontem, a Líbia juntou-se à voz de protesto da Arábia Saudita "Estes acontecimentos são irresponsáveis e não podem de forma alguma estar ligados ao combate ao terrorismo", afirmou um membro da Direcção Popular Islâmica Mundial, uma organização presidida pelo líder líbio, Muham-mar Kadhafi. "Estes acontecimentos imorais podem ter graves consequências e suscitar mais violência e extremismo", concluiu.
Em Beirute, o partido xiita Hezbollah classificou de "acto horrível" a profanação do Alcorão e apelou a uma "reacção vigorosa" por parte dos líderes religiosos. Já os sunitas lançaram um apelo a todos os muçulmanos no sentido de "protegerem" a sua religião. No Iraque, durante a oração de ontem, os imãs manifestaram a sua indignação face aos acontecimentos em Guantánamo. No Egipto, o movimento dos Irmãos Muçulmanos, que se opõe ao regime do Presidente Hosni Mubarak, condenou o acto "odioso e humilhante" e exigiu ao Governo dos EUA um pedido público de desculpas.
Entretanto os protestos populares que começaram no Afeganistão já alastraram à Indonésia e ao Paquistão. Mas, ao contrário do que aconteceu no país vizinho - onde pelo menos 14 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas, obrigando à retirada de mais de uma centena de estrangeiros de Jalalabad para Cabul -, no Paquistão as manifestações foram pacíficas.
Milhares de pessoas saíram às ruas nas principais cidades gritando "Morte à América" e palavras de ordem contra o Presidente Bush e o seu homólogo paquistanês, Pervez Musharraf - um dos aliados chave dos EUA na luta contra o terrorismo. "Estamos dispostos a sacrificar a nossa vida para proteger a honra do nosso livro santo", referiu em Lahore um dos líderes da coligação islamita que convocou as manifestações.
Também na Cisjordânia e na Faixa de Gaza milhares de palestinianos gritaram slogans anti-americanos. No campo de refugiados de Jabaliya, mais de dois mil manifestantes do Hamas exibiram exemplares do Alcorão e queimaram bandeiras dos EUA e de Israel.

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