LIBERTAÇÃO

UM ESPAÇO DE LIBERDADE SEM ILUMINADOS E HIPOCRISIAS

sábado, março 19, 2005

Somos uma cambada de ricos...pobres

Andam aí uns ricos, lado a lado com uns gatunos, uns que enriqueceram não se percebe como, outros mais sérios que outros, outros ainda que de seriedade nada têm, aos quais se juntam aqueles que "herdaram" de uma velha rica qualquer que vivia lá para as bandas do Polo Norte, todos com a mania que somos um pais de ricos. Quando na realidade não passamos de uma cambada de tesos com vergonha de o assumir. Meditemos no que uma notícia do Expresso nos trouxe há dias: Portugal tem, pelo menos, dois milhões de pobres, mas o economista Rogério Roque Amaro admite que este total possa ter aumentado nos últimos anos, razão porque defende a adopção de soluções que respondam aos diferentes tipos de pobreza. No IV Congresso da Associação Cais «Economia para Todos», que se realiza hoje e terça-feira na Fundação Luso-Americana em Lisboa, Rogério Roque Amaro realçou a «diversidade» da pobreza, que se tem agravado nos últimos anos. De acordo com o economista, actualmente a pobreza atinge com mais incidência os idosos com pensões baixas, os desempregados de longa duração e recorrentes, as famílias monoparentais, as minorias étnicas e os pequenos agricultores. Rogério Roque Amaro referiu-se também à exclusão social em que vivem os idosos em geral, «não só os que possuem pensões baixas», os filhos de pais «viciados» em trabalho, os reclusos, os toxicodependentes, as minorias étnicas e os sem-abrigo. Para minorar os problemas da pobreza e exclusão social, o economista defendeu políticas «diferenciadas» consoante o território e os grupos sociais. Defendeu igualmente uma combinação de políticas sociais e económicas para atacar a pobreza e a exclusão social, lembrando que as políticas não podem mudar conforme o ciclo político. No entender do presidente da Associação Cais, Pedro Pais de Almeida, quanto mais o país se vai desenvolvendo, maior é o fosso entre os pobres e excluídos e a restante população. Além da revista «Cais», vendida pelos sem-abrigo, a Associação está a desenvolver o projecto «Ponte Digital», que consiste na possibilidade de a população alvo aceder às tecnologias de informação, para que se sinta menos excluída e possa ter acesso a um emprego. Também no Congresso, o Presidente da República, Jorge Sampaio, questionou o destino dos fundos estruturais que Portugal foi recebendo desde que integrou a União Europeia. Porque «não há portugueses dispensáveis», o chefe de Estado pediu uma maior ligação das associações que lidam com a pobreza e excluídos sociais".(http://online.expresso.clix.pt/interior/default.asp?id=24750132&wcomm=true#comentarios).

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